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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Aula à distância não é fast-food.


Uma liminar da Justiça Federal proibiu a veiculação da campanha do Conselho Federal do Serviço Social que compara o ensino à distância de Serviço Social à alimentação fast-food.

A liminar foi concedida pelo juiz federal Haroldo Nader, da 8.ª Vara de Campinas (SP), em ação cautelar movida pela Associação Nacional dos Tutores de Ensino a Distância (Anated).

Intitulada "Educação não é fast-food - diga não à graduação a distância em Serviço Social", a campanha começou a ser veiculada em maio. Além de 13 filmes no YouTube, foram feitos spots em rádios comunitárias e material gráfico, como adesivos e cartazes associando o ensino a distância à alimentação de baixa qualidade. Em um dos filmes, por exemplo, um atendente recebe uma moça em uma lanchonete para oferecer um "combo" educacional.

No site do CFESS estão descritas as motivações da campanha, como na pergunta: "Já imaginou trocar suas refeições por um lanche rápido durante quatro anos? É exatamente isso que ocorre com quem escolhe o ensino de graduação à distância em Serviço Social". Para o magistrado, o modo como estudantes e tutores são tratados é "pejorativo". O descumprimento pode levar a uma multa diária de R$ 1 mil.

Contraponto

O Conselho Federal do Serviço Social  não quer se manifestar até ser oficialmente notificado da liminar. Em nota no site, todavia, reafirma que vai "prosseguir com a divulgação de seu posicionamento político
em defesa da educação pública, laica, presencial e de qualidade".

Apesar da campanha contra o ensino à distância de Serviço Social, o CFESS continua cadastrando os estudantes formados nessa modalidade.

OBS: Notícia recebida por e-mail, enviada pela 12º turma Serviço Social UNIPAC

domingo, 7 de agosto de 2011

FARSA: “professor da família”, programa do governo anastasia, contrata quem NÃO é professor.

O programa “Professor da Família” que está sendo implantado pelo Governo de Minas é mais uma tentativa do Governador Anastasia de ludibriar o cidadão mineiro e convencê-lo de que sua gestão está preocupada com a educação.

Implantado oficialmente em 05/04, ele foi anunciado numa propaganda do Governo de Minas em horário nobre na TV dia 31/05, data em que os professores da rede estadual decidiram em assembleia deflagrar uma greve.  Dissimulado, o Governador Anastasia apareceu na TV com a intenção de tirar o foco do fato de que sua gestão está descumprindo uma lei federal que garante um piso salarial aos professores de R$ 1.187,00 (um professor de nível médio em MG recebe – pasmem! – R$ R$ 369,00 de salário base!).

Desde abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal considera inconstitucional os cálculos do Governo de Minas para a composição do piso salarial dos professores, mas o Governador Anastasia insiste em permanecer fora da lei.

Então, para tentar esconder o seu descaso com a educação, ele usa estratégias de marketing para promover o programa “Professor da Família”. Mas o referido programa atende APENAS 22 escolas estaduais em nove cidades do Estado. Ou seja, faz-se um estardalhaço para propagandear um mero programa piloto!

edital do processo seletivo para a contratação de pessoal para o ”Professor da Família” em Minas Gerais anuncia publicamente que a seleção é para preencher ”vagas para o cargo de Professor“.

O programa é voltado para alunos de Ensino Médio e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei n. 9.394, 1996), em seu artigo 61, determina que o docente do Ensino Médio deverá ter a graduação plena, em universidades. Entretanto, as exigências do edital para a contratação do “Professor da Família” contraria esta norma, pois a escolaridade estabelecida é apenas o Ensino Médio. É como se um médico do programa “Médico da Família”, do Governo Federal, não precisasse ter formação em Medicina!

Entre as funções e atividades do contratado está “organizar método de trabalho junto com os alunos e suas famílias que favoreçam a sua aprendizagem” e ”buscar materiais didáticos alternativos que favoreçam o processo de aprendizagem dos alunos”. Entretanto, nenhum conhecimento didático-pedagógico é exigido do suposto “professor”.

Entre os pré-requisitos dos candidatos figura o obscuro “ter conhecimento sobre juventude”, seja lá o que isso signifique, e “ter trabalhado como educador no Ensino Médio”. Mas como alguém que cursou só o Ensino Médio pode ter esta experiência docente se a própria LDB a proíbe desde 1996?

Percebemos ainda como o Governo de Minas está distante de qualquer preocupação verdadeira com a educação no Estado quando o edital justifica a seleção a partir da “necessidade de profissional que tenha visão estratégica” e que “detenha conhecimentos sobre gestão para resultados”. Apesar de gostar de ser chamado de “Professor”, o tecnocrata Anastasia ainda não aprendeu que PROFESSOR NÃO É GERENTE e que EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA.

O salário do suposto “professor da família” é de R$ 720,00 mensais para uma jornada de 28 horas semanais. Ou seja, é mais que o dobro do salário base de um professor da rede estadual de MG com o mesmo nível de escolaridade! Com uma média de 4 professores para cada uma das 9 cidades onde o programa está sendo implantado, o investimento mensal do governo com o pagamento dos 36 monitores é de R$ 25.920,00! Este valor é uma piada perto dos cerca de R$ 90.000,00 gastos com a inserção de 30 segundos no horário nobre da TV!
Enquanto aqui em MG o “professor da família” é um monitor que recebe a bagatela de R$ 6,42 por hora, na cidade de Taboão da Serra (SP), onde o programa foi originalmente criado, os professores recebiam, em 2008, R$ 35,00 pela visita de 1 hora ao aluno, conforme reportagem publicada na época pela revista Carta na Escola. Lá, os “professores da família” são professores de verdade que visitam as famílias de seus próprios alunos como parte do desenvolvimento de seu trabalho como educador. A observação do ambiente onde o aluno vive e a conversa com os pais tem o objetivo de ajudar o estudante pedagogicamente e de identificar aquilo que pode estar interferindo no seu desempenho escolar.

O Governador Anastasia fez uma cópia mal feita do programa de Taboão da Serra. Oportunista, seu objetivo exclusivo é a autopromoção, despreocupado que é dos problemas que realmente afligem quem depende do ensino público estadual.

OBS: Notícia recebida por e-mail, enviada pela aluna Jaqueline Paiva
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