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sexta-feira, 28 de maio de 2010

AS NOSSAS FLORESTAS ESTÃO EM PERIGO!


Deputados ruralistas querem destruir o Código Florestal Brasileiro, liberando o desmatamento de áreas protegidas por lei, especialmente na Amazônia. Assine a petição para salvar o Código Florestal.

Na próxima terça-feira dia 1 de junho nossas florestas irão sofrer um ataque perigoso – deputados da “bancada ruralista” estão tentando destruir o nosso Código Florestal, buscando reduzir dramaticamente as áreas protegidas, incentivando o desmatamento e crimes ambientais.

O que é mais revoltante, é que os responsáveis por revisar essa importante lei são justamente os ruralistas representantes do grande agronegócio. É como deixar a raposa cuidando do galinheiro!

Há um verdadeiro risco da Câmara aprovar a proposta ruralista – mas existem também alguns deputados que defendem o Código e outros estão indecisos. Nos próximos dias, uma mobilização massiva contra tentativas de alterar o Código, pode ganhar o apoio dos indecisos. Vamos mostrar que nós brasileiros estamos comprometidos com a proteção ambiental. Para assinar a petição em defesa do Código Florestal acesse o endereço: www.avaaz.org/po/salve_codigo_florestal

Enquanto o mundo todo defende a proteção do meio ambiente, um grupo de deputados está fazendo exatamente o contrário: entregando de mão beijada as nossas florestas para os maiores responsáveis pelo desmatamento do Cerrado e da Amazônia. Eles querem simplesmente garantir a expansão dos latifúndios, quando na verdade uma revisão do Código deveria fortalecer as proteções ao meio ambiente e apoiar pequenos produtores.

As propostas absurdas incluem:
  • Reduzir a Reserva Legal na Amazônia de 80% para 50%
  • Reduzir as Áreas de Preservação Permanente como margens de rios e lagoas, encostas e topos de morro:
  • Anistia aos crimes ambientais, sem exigir o reflorestamento da área
  • Transferir a legislação ambiental para o nível estatal, removendo o controle federal
Essa não é uma escolha entre ambientalismo e desenvolvimento econômico, um estudo recente mostra que o Brasil ainda tem 100 milhões de hectares de terra disponíveis para a agricultura, sem ter que desmatar um único hectare da Amazônia.

A proteção das floretas e comunidades rurais dependem do Código Florestal, assim como a prevenção das mudanças climáticas e a luta contra a desigualdade do campo. Assine a petição para salvar o Código Florestal e depois divulgue!

Juntos nós aprovamos a Ficha Limpa na Câmara e no Senado. Se agirmos juntos novamente pelas nossas florestas nós podemos fazer do Brasil um modelo internacional de desenvolvimento aliado à preservação.

Com esperança,

Graziela, Alice, Paul, Luis, Ricken, Pascal, Iain and the entire Avaaz team

quarta-feira, 26 de maio de 2010

CFESS defende o Fim do Fator Previdenciário

Trabalhadores/as de todo o país correm o risco de terem seus direitos desrespeitados mais uma vez: o Governo Federal poderá vetar esta semana o fim do Fator Previdenciário (FRP), criado para retardar a aposentadoria dos/as brasileiros/as. O projeto que propõe o fim do FRP foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, mas segundo divulgado pela mídia nacional, não deve ser aprovado pelo presidente Lula, que deverá vetar também o reajuste de 7,77% para os/as aposentados/as que recebem benefícios acima de um salário mínimo.

Por esse motivo, o CFESS vem a público defender a extinção do Fator Previdenciário e conclamar as forças progressistas a pressionarem o presidente Lula a sancionar o PLV 02/10 que derruba o FRP, e conceder o reajuste para os/as aposentados/as.

“O Serviço Social brasileiro defende uma proposta de seguridade social universal, com financiamento redistributivo que onere o capital e não os trabalhadores”.

Conselho Federal de Serviço Social – CFESS

Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta – 2008/2011
Comissão de Comunicação
Rafael Werkema - Assessor de Comunicação - JP/MG 11732

comunicacao@cfess.org.br
http://www.cfess.org.br/



terça-feira, 25 de maio de 2010

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS


Socializo hoje com vocês, email que recebi da equipe que coordena o Projeto 3 R´s na Eseba, do qual eu faço parte, que relata experiências de escolas que estão desenvolvendo projetos na área ambiental. Boa leitura!
 

Foi-se o tempo em que as ações de educação ambiental nas escolas limitavam-se à instalação de cestos coloridos para separação de lixo. Coleta seletiva agora é o mínimo.

A preocupação com o meio ambiente está hoje presente até nas aulas de matemática, em gráficos que mostram a quantidade de material reciclável arrecadado, por exemplo.

Na Castanheiras (Tamboré, Grande SP) e no Equipe (zona oeste), os professores de ciências propuseram uma pesquisa de campo. Os alunos analisaram as lixeiras da escolas e viram que o descarte nem sempre era feito no cesto correto.

A partir disso, criaram campanhas de conscientização. "Não basta ter latas para resíduos recicláveis se as pessoas não sabem como jogar o lixo lá", diz Edward Zvingila, professor da Castanheiras.

Outro objetivo das escolas é fazer com que os estudantes levem o que aprenderam para os pais. Mas nem sempre é fácil mudar os hábitos dos adultos.

Em ao menos dois colégios consultados pela reportagem, os pais estranharam quando os comunicados em papel foram trocados por e-mails.

Em outros casos, porém, as boas práticas passam a ser aplicadas em família.

Arthur, 9, aluno da Escola Viva (zona sul), e o pai, Marcelo de Carvalho Cunha, 41, construíram uma composteira nos fundos de sua chácara em Cotia (Grande SP). Na casa em que moram, na capital, adotaram a separação do lixo, e o que pode se reciclado é levado para a escola.

"Quando eu era criança, o máximo que fazia era apagar a luz para a conta não vir alta, e não pensando na natureza", compara a mãe do garoto, Romina Boemer, 37.

Para Rose Marie Inojosa, diretora da Universidade Aberta de Meio Ambiente e Cultura de Paz, a Umapaz -ligada à Secretaria Municipal do Verde-, uma boa educação ambiental passa por dois eixos.
O primeiro é entender que compartilhamos o planeta com outros seres vivos. "No meio urbano, a gente foi se afastando disso. E a gente acaba tendo medo de bicho e tratando árvore como se fosse um cenário."
O segundo é discutir a questão do consumo, que está diretamente ligada à produção e à destinação do lixo.

Além disso, é uma unanimidade entre as escolas que o assunto sustentabilidade deve ser tratado interdisciplinarmente. "Não é só trabalho do professor de ciências", diz Sonia Marina Muhringer, coordenadora de educação ambiental da Viva.

10 EXEMPLOS DE AÇÕES DESENVOLVIDAS PELAS ESCOLAS

Trabalho com os alunos vai muito além da separação do lixo reciclável

1. CONSUMO CONSCIENTE
Alunos fazem um cofrinho de garrafa PET, poupam dinheiro e, no meio do ano, discutem com a família como usá-lo, respeitando a ideia de consumo consciente (Colégio Magister, na zona sul de SP)

2. LIXO ELETRÔNICO
Aulas no laboratório de ciências incluem o desmonte de equipamentos que viraram lixo eletrônico e a separação do que pode ser reciclado (Colégio Pentágono, que tem unidade na capital e na Grande SP)

3. ESTATÍSTICA
Levantamento estatístico do conteúdo das lixeiras avalia se o descarte de lixo é feito de maneira correta na escola; a partir disso, alunos fazem trabalho de conscientização de colegas e funcionários (Colégio Equipe, na zona oeste, e Escola Castanheiras, na Grande SP)

4. AQUECEDOR SOLAR
Alunos participam de programa que implanta aquecedores solares de baixo custo em casas de famílias de baixa renda (Colégio Santa Maria, na zona sul)

5. COMITÊS DE ALUNOS
Comitês formados por alunos e professores trabalham os temas lixo, água, energia e material; no de energia, uma das propostas é implantar a carona solidária entre os pais dos alunos (Colégio São Luís, na região da Paulista)

6. CAMPANHAS
Alunos criam campanhas, como a de coleta de óleo de cozinha e uso racional da água. Em algumas campanhas, fazem parcerias com instituições como a Fundação Dorina Nowill para Cegos -a escola arrecada tampinhas plásticas, que são vendidas pela fundação e geram renda para seus projetos (Escola Stance Dual, na região central)

7. ESPAÇOS LIVRES
A escola deixa espaços livres para que sejam ocupados levando-se em conta a preocupação com o meio ambiente; um dos projetos é construir um viveiro de mudas (Escola Viva, na zona sul)

8. ARTE E AMBIENTE
Tema ambiental é abordado nas aulas de arte, nas quais é usado material reciclável para fazer brinquedos, cadernos e banquinhos, por exemplo (Colégio Ítaca, na zona oeste)

9. ADOÇÃO DE PLANTAS
Escola recebe doações de sementes e mudas, que são "adotadas" pelos alunos; eles são responsáveis por cuidar da planta e por escolher um local fora do colégio para plantá-la (Escola Móbile, na zona sul)

10. METAS
Ensino fundamental tem a Agenda Peretz de Ações Cidadãs, que o objetivo de tornar a escola mais sustentável e cujas metas são revistas pelos professores anualmente e estudadas pelos alunos nas aulas de matemática (Colégio I.L. Peretz, na zona sul)

FABIANA REWALD

segunda-feira, 24 de maio de 2010

CIDADANIA ECOLÓGICA


A participação e o exercício da cidadania, com empenho e responsabilidade, são fundamentais na construção de uma nova sociedade, mais justa e em harmonia com o ambiente. Para isto, é urgente descobrir novas formas de organizar as relações entre sociedade e natureza, e também um novo estilo de vida que respeite todas as criaturas que, segundo São Francisco de Assis, são nossas irmãs. Queremos contribuir para melhorar a qualidade de vida através da construção de um ambiente saudável, que possa ser desfrutado por nossa geração e também pelas futuras. Vivemos hoje sob a hegemonia de um modelo de desenvolvimento baseado em relações econômicas que privilegiam o mercado, que usa a natureza e os seres humanos como recursos e fonte de renda. Contra este modelo injusto e excludente afirmamos que todos os seres, animados ou inanimados, possuem um valor existencial intrínseco que transcende valores utilitários.
Por isso, a todos deve ser garantida a vida, a preservação e a continuidade. Já chega deste antropocentrismo exacerbado. O ser humano tem a missão de administrar responsavelmente o ambiente natural, não dominá-lo e destruí-lo com sua sede insaciável de possuir e de consumir. Apesar do quadro ecológico ser extremamente inquietante, existem, graças a Deus, cada vez mais pessoas e entidades que têm a consciência de que uma mudança é necessária, e possível. Para tanto, algumas atitudes são essenciais: Utilização mais racional e responsável dos recursos da natureza, que não são inesgotáveis; respeito à vida em todas as suas formas; reconstrução daquilo que foi destruído; medidas preventivas.
Há quem julgue que já chegamos a um nível tal de degradação que o retorno é praticamente impossível. Comprometidos com a proteção da vida na terra, reconhecemos o papel central da educação ambiental, do processo educativo permanente e transformador para uma sustentabilidade eqüitativa, baseada no respeito a todas as formas de vida. Por trás do drama ecológico e dos sinais inequívocos de destruição do ambiente, existe uma questão mais profunda, que é a ética, o modo de ser, de posicionar-se e de relacionar-se, em todos os níveis. E como a deterioração do natureza aponta para uma deterioração das relações humanas, é compreensível que a mudança de postura ética passa pela justiça.
A crise ecológica revela uma crise ética em nossos dias, uma crise de valores, uma crise de relações humanas, e de convivência com as demais criaturas. Daí a importância da educação ambiental para a responsabilidade e o respeito à vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica. Ela estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservam relações de interdependência e diversidade. A educação ambiental deve gerar, com urgência, mudanças na qualidade de vida e maior consciência de conduta pessoal, bem como harmonia entre os seres humanos.
A Terra está ferida. Em alguns sentidos, ela está quase ferida de morte. O mar, os rios e os lagos estão contaminados. O ar está poluído. O desmatamento cria novos desertos. Temos pouco tempo para agir, pouco tempo para salvar a Terra, antes que se torne um planeta onde a vida não conseguirá existir. Essa é uma tarefa de governos? Sim. Mas é também uma tarefa de cada um de nós. Você pode, e deve, fazer sua parte. Afinal, a Terra é nossa moradia, nossa casa comum. Nela vivemos e nela viverão nossos filhos. Não é justo entregar a eles um casa em ruínas. O futuro do planeta está em nossas mãos.

Texto extraído do Portal São Francisco: www.portalsaofrancisco.com.br
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