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sexta-feira, 18 de junho de 2010

RESILIÊNCIA


Proveniente da física. Trata-se da capacidade que certos materiais apresentam de absorverem impactos e retornarem à sua forma original. Transposta para o comportamento humano, a resiliência representa não apenas a habilidade de lidar com as adversidades e de superá-las, mas também a capacidade de não permitir que essa experiência afete de modo negativo e permanente seu modo de ser e de ver o mundo.
É fácil perceber a importância que isso possui em nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Imagine uma pessoa que perde o emprego ou que se vê forçada a desfazer uma sociedade por ter confiado nas pessoas erradas ou devido à ação de indivíduos mal-intencionados. Ela pode vir a encontrar outro emprego ou iniciar um novo negócio. Mas isso, por si só, não é sinal de resiliência. Se a pessoa em questão tiver pouca ou nenhuma resiliência, sua maneira de ser e de ver o mundo será negativamente afetada por essa experiência. Ela pode, por exemplo, passar a desconfiar de tudo e de todos, assumir o comportamento de vítima e enxergar apenas o que os outros têm de pior. Esse tipo de atitude, é claro, comprometerá seu bem-estar psíquico e emocional, bem como seus relacionamentos e sua ascensão profissional.
Já a atitude de uma pessoa resiliente é completamente diferente. Por mais que a experiência a tenha feito sofrer, ela é capaz de superá-la sem que a sua essência seja negativamente alterada. Em vez de desconfiar de todo mundo, ela simplesmente aprende a selecionar melhor seus amigos e sócios. Em vez de adotar uma postura de vítima, ela passa a acreditar ainda mais em sua capacidade de superação. E, por mais que a dificuldade experimentada a tenha abalado, ela não perde a fé, a convicção e o entusiasmo. Estudos indicam que pessoas resilientes mantêm sua integridade emocional inclusive quando se confrontam com situações devastadoras. Em meados de 2001, a psicóloga Barbara L. Fredrickson, da Universidade da Carolina do Norte, fez uma pesquisa para detectar a resiliência de um grupo de estudantes universitários. Pouco depois, os Estados Unidos – e o mundo – foram abalados pelos ataques terroristas ocorridos em setembro daquele ano, no qual milhares de pessoas perderam suas vidas. A doutora Fredrickson retomou suas pesquisas, dessa vez para detectar os efeitos da tragédia no grupo que ela estava estudando. Os resultados indicaram que os resilientes experimentaram as mesmas sensações de angústia e tristeza que os não-resilientes. A diferença é que eles demonstraram maior capacidade de recuperação e foram menos afetados por problemas como estresse pós-traumático, depressão e ansiedade. Por quê? De acordo com os estudos da doutora Fredrickson, o principal motivo é a atitude positiva que os resilientes demonstram perante a vida. Mesmo em face de uma situação extrema, eles conseguiram invocar emoções positivas – como a gratidão por estar vivo, a compaixão e o desejo de ajudar – e mantiveram o foco no altruísmo e na coragem dos que participaram das missões de resgate, em vez concentrarem-se apenas na perversidade dos perpetradores.
Pode-se dizer que é uma questão de foco, de perspectiva. No entanto, são as coisas nas quais você decide focar sua atenção que definem suas escolhas de vida.
Ricardo Bellino – Empresário e dealmaker, fundador da Gold & Bell, do Inemp, o Instituto do Empreendedor, e da Escola da Vida (www.escoladavida.com). Autor de diversos livros lançados em mais de dez países, é também colunista e palestrante. Fonte: Gazeta Mercantil/Caderno D




terça-feira, 15 de junho de 2010

A ELEGÂNCIA DO CONTEÚDO

De ferramentas tecnológicas, qualquer um pode dispor, mas a cereja do bolo chama-se conteúdo. É o que todos buscam freneticamente: vossa majestade, o conteúdo. Mas onde ele se esconde? Dentro das pessoas. De algumas delas.

Fico me perguntando como é que vai ser daqui a um tempo, caso não se mantenha o já parco vínculo familiar com a literatura, caso não se dê mais valor a uma educação cultural, caso todos sigam se comunicando com abreviaturas e sem conseguir concluir um raciocínio. De geração para geração, diminui-se o acesso ao conhecimento histórico, artístico e filosófico. A overdose de informação faz parecer que sabemos tudo, o que é uma ilusão, sabemos muito pouco, e nossos filhos saberão menos ainda. 

Quem irá optar por ser professor não tendo local decente para trabalhar, nem salário condizente com o ofício, nem respeito suficiente por parte dos alunos? Os minimamente qualificados irão ganhar a vida de outra forma que não numa sala de aula. E sem uma orientação pedagógica de nível e sem informação de categoria, que realmente embase a formação de um ser humano, só o que restará é a vulgaridade e a superficialidade, que já reinam, aliás.

Sei que é uma visão catastrofista e que sempre haverá uma elite intelectual, mas o que deveríamos buscar é justamente a ampliação dessa elite para uma maioria intelectual. A palavra assusta, mas entenda-se como intelectual a atividade pensante, apenas isso, sem rebuscamento. 

O fato é que nos tornamos uma sociedade muito irresponsável, que está falhando na transmissão de elegância. Pensar é elegante, ter conhecimento é elegante, ler é elegante, e essa elegância deveria estar ao alcance de qualquer pessoa. 

Outro dia conversava com um taxista que tinha uma idéia muito clara dos problemas do país, e que falava sobre isso num português correto e sem se valer de palavrões ou comentários grosseiros, e sim com argumentos e com tranquilidade, sem querer convencer a mim nem a ninguém sobre o que pensava, apenas estava dando sua opinião de forma cordial. Um sujeito educado, que dirigia de forma igualmente educada. Morri e reencarnei na Suíça, pensei. 

Isso me fez lembrar de um livro excelente chamado A Elegância do Ouriço, de Muriel Barbery, que conta a história de uma zeladora de um prédio sofisticado de Paris. Ela, com sua aparência tosca e exercendo um trabalho depreciado, era mais inteligente e culta do que a maioria esnobe que morava no edifício a que servia. Mas, como temia perder o emprego caso demonstrasse sua erudição, oferecia aos patrões a ignorância que esperavam dela, inclusive falando errado de propósito, para que todos os inquilinos ficassem tranquilos - cada um no seu papel.

A personagem não só tinha uma mente elegante, como possuía também a elegância de não humilhar seus "superiores", que nada mais eram do que medíocres com dinheiro.

A economia do Brasil vai bem, dizem. Mas pouco valerá se formos uma nação de medíocres com dinheiro.

Martha Medeiros 
OBS: Texto enviado pela minha amiga Márcia Cunha

domingo, 13 de junho de 2010

A TECNOLOGIA E AS NOVAS FORMAS DE CIDADANIA

"Webcidadania" avança no Brasil e muda o foco da participação política.

No momento em que as campanhas eleitorais no Brasil parecem acordar para o potencial da internet, montando estratégias e equipes para fisgar o voto na rede, iniciativas na web sem vínculo partidário ajudam o cidadão a participar da vida pública e fiscalizar a classe política.

São ferramentas digitais que invertem o eixo da participação na vida pública: de simples receptores das mensagens de políticos e partidos, os cidadãos passam a ter voz ativa na organização de suas demandas.

O que antes tomava papel, telefone, carros de som e horas de reuniões hoje pode ser feito em poucos cliques – de listar problemas do bairro a monitorar o trabalho de deputados e senadores em Brasília.

Sites e movimentos que promovem a chamada cidadania na web avançam no país e mostram resultados. O G1 apresenta algumas dessas iniciativas.

OBS: Postei, logo abaixo, imagens e objetivos dessas iniciativas que você pode clicar e acessar direto nos sites.
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