sábado, 5 de março de 2011
terça-feira, 1 de março de 2011
Decisões e Escolhas: Uma Questão Essencial
Os caminhos da vida são
feitos de decisões e escolhas. Assim, o que cada um de nós é hoje, seja na sua
vida profissional, seja na sua vida pessoal, é conseqüência destas escolhas e
das ações adotadas para efetivá-las. Algumas são essenciais e importam decisões
sobre nossa religião ou nosso papel social. Outras são operacionais, como a
roupa que vamos vestir hoje para ir trabalhar.
O que vale para as
pessoas também vale para as empresas, ou seja, uma empresa sobrevive ou não,
tem êxito ou fracassa, de acordo com as decisões e escolhas que fez ou faz, de
suas estratégias e foco, seus sistemas de crenças e valores, seu estilo gerencial,
seus processos, suas estruturas, as pessoas que seleciona, o sistema de
treinamento e desenvolvimento que adota. Ou, de acordo com Peter Drucker,
"o produto final do trabalho de um gerente são decisões e ações".
Assim sendo, três
aspectos devem ser considerados:
A todo momento,
queiramos ou não, conscientes ou inconscientes, por ação ou omissão, estamos
sempre fazendo escolhas. E nunca é demais lembrar que não escolher já é uma
escolha;
Se queremos ser os
timoneiros da nau da nossa vida, devemos procurar ser conscientes das escolhas
que fizemos e estamos fazendo, pois é esta consciência que nos permite assumir
a responsabilidade pelos nossos atos e, conseqüentemente, continuar com o que
estamos fazendo ou então mudar. É conveniente ter presente que algumas escolhas
deram certo em determinados contextos, mas que se adotadas em outros podem ser
profundamente negativas. Um pequeno exemplo: alguém que quando criança, para
obter o carinho e a atenção dos pais, chorava, fazia manha ou gritava. Depois,
quando adulto, para ter as suas necessidades de aceitação e reconhecimento
atendidas, adota comportamentos de essência semelhante que, sem a menor sombra
de dúvida serão totalmente inadequados, gerando respostas justamente opostas às
desejadas;
Podemos, através do desenvolvimento
pessoal, aumentar a nossa esfera de escolhas. Aprender, no fundo, importa ter
mais opções, isto é, ampliar possibilidades. A questão básica é o que aprender
para que possamos ter êxito neste mundo de crescente insegurança, complexidade,
ambigüidade e imprevisibilidade. E isto também é uma escolha.
De qualquer forma, é
sempre conveniente ter presente 6 escolhas que estamos fazendo a todo o
momento.
1- Vida ou morte
O general franquista
Millan d’Astray, nas suas palavras na Universidade de Salamanca, na frente do
filósofo Miguel de Unamuno, proferiu sua célebre frase: "Abaixo a
inteligência. Viva a morte!". E esta é a grande questão. Estamos
escolhendo a vida ou a morte do planeta em que habitamos? Todas aquelas pessoas
ou empresas que contribuem com poluição ambiental e destruição dos
ecossistemas, chuvas ácidas, aumento da temperatura na Terra e a conseqüente
elevação dos níveis das marés, destruição da camada de ozônio, desmatamentos
indiscriminados e a existência de pessoas vivendo em condições subumanas, em
função da ganância, da busca do lucro Kamikaze ou da falta de consciência
social, estão engrossando o coro de Millan d’Astray e à sua própria maneira
estão repetindo com o general franquista: "Viva a morte!"
Na realidade, esta é a
grande questão ética, segundo a qual todas as outras devem se ordenar. É saber
qual a resposta a uma pergunta de Albert Einstein: "Será que estamos
fazendo deste planeta um lugar melhor para se morar?" Ou estamos ao lado
dos que não têm nenhuma preocupação com isto, pois, como dizem, a longo prazo
estaremos todos mortos.
2 - Os significados
A riqueza de nossa vida
está muito relacionada aos significados que damos ao que fazemos. É a história
dos 3 operários que estavam numa mesma obra e foram indagados sobre o que estavam
fazendo. Um deles disse que estava assentando pedras. O outro, que estava
construindo uma escada. O terceiro, que estava colaborando para a construção de
uma catedral. Nós podemos escolher os significados que damos a tudo o que
fazemos e isto pode representar uma grande diferença.
3 - Passado ou futuro orientado
As pessoas passado
orientadas ficam querendo mudar o que fizeram, como se pudessem entrar na
máquina do tempo. Tendem a se lamentar ou arranjar culpados e estão mais
voltadas para ameaças. As pessoas futuro orientadas buscam
resultados, aceitam as situações existentes como um ponto de partida, não
confundindo aceitação com conformismo, e procuram identificar e agir de acordo
com as oportunidades. De qualquer forma é conveniente citar Franklin Delano
Roosevelt: "O progresso é realizado pelos homens que fazem e não pelos que
discutem de que modo as coisas deveriam ter sido feitas."
4 - Sistema aberto ou fechado
Os seres humanos são e
deveriam agir como sistemas abertos, ou seja, em interação com o seu meio. Cada
vez que as pessoas se fecham através do dogmatismo, da arrogância ou da
negação, estão agindo como sistemas fechados. Prendem-se ao familiar e ao
conhecido e, freqüentemente, ficam encasteladas em torres de marfim. As pessoas
que agem como sistema aberto estão em relacionamento, têm consciência do fluxo
contínuo de mudanças e sabem que a melhor forma de prever o futuro é criá-lo.
5 - Crenças e valores
Uma das coisas que têm
forte influência sobre nossos comportamentos é o nosso sistema de crenças e
valores. Neste sentido há quem diga que: "Quer você acredite que pode,
quer acredite que não pode, você está certo." Todos nós temos um conjunto
de crenças e valores que fomos adquirindo ao longo da vida e que são
determinantes do nosso comportamento. Algumas podem ser extremamente úteis,
como acreditar que tudo o que nos acontece pode ser uma oportunidade. Outras
podem ser negativas, como a de se acreditar vítima das circunstâncias, na base
do "isto só acontece comigo". Em geral as pessoas não analisam os
impactos de suas crenças sobre suas vidas e não sabem que podem e como
mudá-las.
6 - Intervir e mudar ou ser passivo
A consciência de que o
que obtemos da vida está profundamente relacionado às escolhas que fizemos ou
fazemos nos permite estar abertos a identificá-las e ratificá-las ou
retificá-las. E esta é uma grande escolha final. É possível mudar. E um bom
modo de fazê-lo é com base em
Jean P. Sartre : "Não importa o que fizeram de mim, o que
importa é o que eu faço com o que fizeram de mim." Em suma, ser consciente
das escolhas que fazemos é entrar no mundo mágico das possibilidades. É saber
que existem infinitas formas e caminhos e que a vida é daqui para a frente.
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domingo, 27 de fevereiro de 2011
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