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sábado, 15 de maio de 2010

PARABÉNS ASSISTENTE SOCIAL, HOJE É NOSSO DIA!!!




Quero parabenizar a todos/as colegas Assistentes Sociais neste dia que comemoramos a nossa profissão. Parabenizar também os/as alunos/as que optaram pelo curso de Serviço Social, um curso apaixonante que nos transforma em seres melhores.

Neste dia temos coisas a comemorar: a crescente demanda que vemos acontecer em nosso país pelo profissional do Serviço Social e o reconhecimento da profissão que, passo a passo vamos conquistando. Quando fazemos uma leitura histórica do Serviço Social, desde seu nascimento até os dias de hoje, é possível contabilizar muitas conquistas e transformações positivas.


Mas temos também coisas a nos preocupar: a qualidade da formação profissional que está passando por transformações preocupantes com o aumento indiscriminado de faculdades e de cursos de Serviço Social que mercantilizam a educação e os cursos a distância que, segundo a fala do Profº Dr. Marcelo Bráz, em palestra proferia em Uberaba nesta última quinta-feira, está crescendo assustadoramente comprometendo a formação dos futuros Assistentes Sociais.

Entre as comemorações e as preocupações, fica-nos a certeza que, mais do que nunca, precisamos estarmos todos unidos: profissionais e estudantes na constante busca de colocarmos em prática o nosso belíssimo Código de Ética e o nosso Projeto Ético Político, no qual a categoria dos Assistentes Socias, optou se posicionar à favor da classe trabalhadora e dos mais necessitados e excluídos, em busca de uma sociedade justa e igualitária.

Parabéns mais uma vez, beijos....

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A CRISE QUE ESTAMOS ESQUECENDO (Lya Luft)

O tema do momento é a crise financeira global. Eu aqui falo de outra, que atinge a todos nós, mas especialmente jovens e crianças: a violência contra professores e a grosseria no convívio em casa. Duas pontas da nossa sociedade se unem para produzir isso: falta de autoridade amorosa dos pais (e professores) e péssimo exemplo de autoridades e figuras públicas.


Pais não sabem como resolver a má-criação dos pequenos e a insolência dos maiores. Crianças xingam os adultos, chutam a babá, a psicóloga, a pediatra. Adolescentes chegam de tromba junto do carro em que aguardam pai ou mãe: entram sem olhar aquele que nem vira o rosto para eles. Cumprimento, Sorriso, beijo? Nem pensar. Como funciona a comunicação entre pais e filhos? Nunca será idílica. Isso é normal: crescer e também conversar. Mas poderíamos mudar as regras desse jogo: junto com afeto, deveriam vir regras, punições e recompensas.

Que tal um pouco de carinho e respeito, de parte a parte? Para serem respeitados, pai e mãe devem impor alguma autoridade, fundamento da segurança dos filhos neste mundo difícil, marcando seus futuros relacionamentos pessoais e profissionais. Mal-amados, mal-ensinados, jovens abrem caminho às cotoveladas e aos pontapés.

Mal pagos e pouco valorizados, professores se encolhem, permitindo abusos inimagináveis alguns anos atrás. Uma adolescente empurra a professora, que bate a cabeça na parede e sofre uma concussão. Um menininho chama a professora de "vadia", em aula. Professores levam xingações de pais e alunos, além de agressões físicas, cuspidas, facadas, empurrões. Cresce o número de mestres que desistem da profissão: pudera. Em escolas e universidades, estudantes falam alto, usam o celular, entram e saem da sala enquanto alguém trabalha para o bem desses que o tratam como um funcionário subalterno. Onde aprenderam isso, se não, em primeira instância, em casa? O que aconteceu conosco? Que trogloditas somos - e produzimos -, que maltrapilhos emocionais estamos nos tornando, como preparamos a nova geração para a vida real, que não é benevolente nem dobra sua espinha aos nossos gritos? Obviamente não é assim por toda parte, nem os pais e mestres são responsáveis por tudo isso, mas é urgente parar para pensar.

Na outra ponta, temos o espetáculo deprimente dos escândalos públicos e da impunidade reinante. Um Senado que não tem lugar para seus milhares de funcionários usarem computador ao mesmo tempo, e nem sabia quantos diretores tinha: 180 ou trinta? Autoridades que incitam ao preconceito racial e ao ódio de classes? Governos bons são caluniados, os piores são prestigiados. Não cedemos ao adversário nem o bem que ele faz: que importa o bem, se queremos o poder?

Guerra civil nas ruas, escolas e hospitais precários, instituições moralmente falidas, famílias desorientadas, moradias sub-humanas, prisões onde não criaríamos porcos. Que profunda e triste impressão, sobretudo nos mais simples e desinformados e naqueles que ainda estão em formação. Jovens e adultos reagem a isso com agressividade ou alienação em todos os níveis de relacionamento. O tema “violência em casa e na escola” começa a ser tratado em congressos, seminários, entre psicólogos e educadores. Não vi ainda ações eficazes.

Sem moralismo (diferente de moralidade) nem discursos pomposos ou populistas, pode-se mudar uma situação que se alastra – ou vamos adoecer disso que nos enoja. Quase todos os países foram responsáveis pela gravíssima crise financeira mundial. Todos os indivíduos, não importa a conta bancária, profissão ou cor dos olhos, podem reverter esta outra crise: a do desrespeito geral que provoca violência física ou grosseria verbal em casa, no trabalho, no trânsito. Cada um de nós pode escolher entre ignorar e transformar. Melhor promover a sério e urgentemente uma nova moralidade, ou fingimos nada ver, e nos abancamos em definitivo na pocilga.


Recebi este texto de Lya Luft de uma ex-aluna muito querida e resolvi partilhá-lo com vocês. Espero que tenham gostado. Desejo a todos um ótimo fim de semana!

terça-feira, 11 de maio de 2010

INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA

Vários alunos tem me procurado e solicitado indicação bibliográfica sobre o Serviço Social na Educação. Estou postando hoje algumas indicações que tenho conhecimento. Gostaria de receber também outras contribuições nesse sentido pois, este é o objetivo deste Blog.
O CFESS lançou um livro, que pode ser adquirido no CRESS ou no site da Cortez editora, com o título:
“Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais”


 

1.   AMARO, Sarita Teresinha Alves. Serviço Social na escola: o encontro da realidade com a educação. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1997.
2.   ALMEIDA, Ney Luiz Teixeira. O Serviço Social na educação. In: Revista Inscrita, nº
6. Brasília, 2000.
3.   CFESS. Serviço Social na Educação. Grupo de estudos sobre o Serviço Social na Educação. Brasília: 2001.
4.   MARTINS, Eliana Bolorino Canteiro. O Serviço Social na área da Educação. In: Revista Serviço Social & Realidade. V 8 Nº 1. UNESP, Franca: São Paulo, 1999.
5.   MARTINS, Eliana Bolorino Canteiro. Educação e Serviço Social: Elo para a construção da Cidadania. Tese (Doutorado em Serviço Social) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUCSP, São Paulo, 2007.
6.   PINTO, Rosa Maria Ferreiro. Política educacional e Serviço Social. São Paulo: Ed. Cortez, 1986.
7.   PIANA, Maria Cristina. A construção do perfil do Assistente Social no cenário educacional. Editora UNESP, 2009.
8.   SANTOS, Ana Paula Nogueira da Silva. A “Sinfonia” da educação – novas perspectivas para atuação do profissional de Serviço Social na Escola. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, rança, 2008.
9.   SANTOS, André Michel dos. A Escola como espaço de atuação para o Assistente Social: Trabalhando com grupos. Trabalho Final de Graduação – Centro Universitário Franciscano - UNIFRA, Santa Maria/RS, 2005.
10.             SANTOS, André Michel dos. As contribuições do Serviço Social para o fortalecimento da Gestão Escolar. Monografia (Especialização em Gestão Educacional ) – Universidade Federal de Santa Maria -UFSM, Santa Maria/RS, 2009.
11.             SOUZA, Iris de Lima. Serviço Social e Educação: uma questão em debate. In: Revista Interface, Natal, V.2 N. 1., 1995.
12.             XAVIER, Alexandra de Muros. Serviço Social e Educação: Análise do reconhecimento social e das experiências profissionais construídas nos diversos campos da política educacional. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Rio de Janeiro, 2008.

domingo, 9 de maio de 2010

RELATO DE EXPERIÊNCIA


O Serviço Social na Educação é relativamente novo e o profissional precisa conquistar seu espaço.

Para respaldar nossa prática profissional, não só no campo da Educação mas em qualquer campo, nosso grande aliado é o Código de Ética Profissional, que embasam nossas ações e nos orientam para um agir profissional, de acordo com o Projeto Ético Político Pedagógico.

Na Eseba – Escola de Educação Básica da UFU,  o Serviço Social já existia há quase 20 anos, não com as características e atribuições que hoje lhes é designada.
       
Quando iniciei o trabalho nesta Escola, em agosto de 2008, depois de conhecer a instituição e fazer uma leitura da conjuntura, apresentei à direção um plano de trabalho, onde estava colocado as atribuições e competências do Assistente Social na Escola. Fiz isso baseada nas leis estadual e municipal que implanta o Serviço Social na Escola, em Minas Gerais e em Uberlândia..

A direção gostou muito e fez a apresentação da proposta e da minha pessoa para os docentes na reunião do Conselho.

Iniciei meu trabalho pela organização dos arquivos, criei formulários para facilitar o atendimento e encaminhamentos e realizei uma pesquisa para levantamento do perfil sócio econômico cultural dos alunos.

O Serviço Social na Eseba atua junto com a direção da Escola e participa de todas as reuniões da direção, fóruns dos discentes, assembléias, conselhos docentes, conselho dos coordenadores, CPA. Faz parte da comissão coordenadora do Projeto 3 R´s, que é um projeto institucional, para trabalhar as questões do meio ambiente na escola, da Comissão dos Técnicos Administrativos, da comissão de Elaboração da Carta de Princípios da Eseba, que culminará na construção do Projeto Político Pedagógico Institucional e Regimento Interno. Assessora a APM e o grêmio estudantil.

Atua junto à assessoria especial pedagógica, ao SEAPPS – Setor de Apoio Psicopedagógico e Social e ao CARO Aluno e Professor (Coordenação Acadêmica Relação e Orientação ao Aluno e Professor), no atendimento aos docentes, discentes e família.

Uma contribuição significativa que o Serviço Social tem realizado na Eseba, segundo a direção e docentes, é no que se refere ao contato com as famílias dos alunos, que através de visitas domiciliares, atendimentos e entrevistas aos pais, está sendo possível conhecer melhor a realidade dos alunos e fazer aproximação entre família e Escola.

Outra contribuição realizada junto à comunidade escolar, é no sentindo de esclarecer sobre os direitos e deveres da criança e do adolescente, previstos no ECA, papel do Conselho Tutelar, Ministério Público, Vara da Infância e Adolescência, Delegacia do Adolescente, e a relação e a intermediação da Escola com estes órgãos.

Mesmo sem ter sido solicitado, faço mensalmente relatórios quantitativo e qualitativo, para a direção e assessoria pedagógica, numa forma de registrar e tornar claro o trabalho realizado, pois o principal instrumento de trabalho do Assistente Social é a linguagem, oral e escrita, porque é através dela que nos comunicamos, mostramos nossas intencionalidades e nossas capacidades, esclarecemos e socializamos direitos e deveres, escrevemos os relatórios, os pareceres, que registram nossa prática.


Odete Dan Ribeiro
Assistente Social - CRESS 5408
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