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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ato Público - XIII CBAS

O ATO PÚBLICO dos assistentes sociais na Esplanada dos Ministérios, anteriormente marcado para o dia 5 de agosto, será realizado no dia 03 de agosto.
O ato foi reagendado em função da votação do PLC 152/2008 (PLC 30 horas) que acontecerá nesse dia, informação que obtivemos há apenas três dias do nosso Congresso.
Diante disso, a nossa mobilização terá o foco na pressão para aprovação do referido projeto que expressa uma das principais reivindicações da categoria no momento atual e que tem sido alvo das lutas do conjunto CFESS/CRESS, da ABEPSS e da ENESSO.
Os assistentes sociais trabalham viabilizando direitos, frente a situações por vezes dramáticas e graves que atingem parcelas significativas da população brasileira.
Pesquisas mostram que, depois dos policiais e professores, somos uma das categorias mais expostas ao stress e riscos para a saúde. Temos, frente a isso, alguns projetos de lei tramitando no Congresso Nacional exigindo jornada semanal máxima de 30 horas de trabalho, um piso salarial nacional digno, a exigência e regularização do serviço social nas escolas, dentre outros. São todos projetos inadiáveis! Eles terão impacto em serviços de saúde, assistência social, educação e judiciários, dentre outros.
No dia 3, foi pautada a votação do PLC 30 horas no Senado, exatamente no período em que Brasília sedia o XIII CBAS, reunindo cerca de 3000 profissionais e estudantes. Portanto, é uma oportunidade ímpar para exigirmos dos parlamentares a aprovação desse projeto, que vai atingir as condições de trabalho dos cerca de 93.000 assistentes sociais de todo o país.
Reiteramos, que vamos além das nossas questões como trabalhadores. Na verdade, queremos que o Brasil deixe de ser o campeão da rotatividade no trabalho, do desemprego, dos salários irrisórios, de políticas sociais insuficientes e compensatórias apenas das situações mais graves combinadas à expansão das prisões e de políticas de criminalização dos pobres. Exigimos o trabalho com direitos para todos os trabalhadores
e trabalhadoras!
Por isso queremos unificar nossas lutas com os demais sujeitos sociais da classe trabalhadora e convidamos sua organização para participar desse ATO PÚBLICO no dia 03 de agosto de 2010, com concentração às 8:30 em frente à Catedral, na Esplanada dos Ministérios.





quinta-feira, 29 de julho de 2010

ONG lança cartilha com dicas de uso seguro da internet para pais e filhos.


O Comitê para a Democratização da Informática lançou nesta quarta-feira (28) uma nova cartilha com dicas para uma navegação segura na internet. Batizado de Guia Para o Uso Responsável da Internet 3.0, o livro pode ajudar crianças e adolescentes inclusive a não se tornarem criminosos sem saber.


A campanha prevê um guia impresso para crianças, que traz encartado um CD com os textos dirigidos a pais e professores. A publicação contém dicas, orientações, sugestões de links, vídeos, reportagens, histórias em quadrinhos e jogos que ajudam a fixar o aprendizado. O manual também está online, no site www.internetresponsavel.com.br, com áreas exclusivas para crianças, pais e professores.

Uma pesquisa divulgada por uma ONG que promove direitos humanos mostrou que 33% dos quase 2,2 mil estudantes entrevistados têm um amigo que já sofreu algum tipo de humilhação na internet.

Boa parte dos problemas ocorre porque muita gente não tem ideia do alcance da internet e não sabe se comportar no mundo virtual. Os especialistas lembram que a rede é como uma grande praça pública, com uma diferença: as informações e imagens divulgadas eletronicamente podem ser vidas por milhões de pessoas, copiadas e manipuladas - o que exige um cuidado extra.

"É como se a criança estivesse navegando em um novo espaço público, sem limite nenhum. Tem coisas boas, mas há coisas maliciosas, e conteúdos de violência que, se a criança navegar sem conhecimento dos pais, ela vai ser impactada", afirma o psicólogo Rodrigo Nejm, da SaferNet Brasil.

Na cartilha, as dicas são simples e levam em conta regras básicas da internet. A principal é: não informe dados pessoais, como endereço ou telefone. Pense antes de publicar qualquer conteúdo na rede. Saiba como identificar uma situação de cyberbullying, que é o uso da internet para humilhar ou ofender uma pessoa.

Outra recomendação é não responder a ameaças e provocações. Se souber de alguém que esteja sendo intimidado, avise um adulto em quem confie.
http://g1.globo.com

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A tecnologia a serviço dos brutos


Para evitar o pior na rede

Os especialistas concordam que cabe à família orientar ou mesmo supervisionar o uso da Internet pelos filhos até a adolescência,  de modo a evitar que eles se envolvam em situações de perigo.

A lista de práticas simples e já testadas com sucesso:

- Orientá-los a não aceitar convite de gente desconhecida nas redes sociais.
- Instruí-los a não expor na Internet fotografias nem vídeos pessoais, que podem vir a ser usados em fotomontagens maldosas.
- Monitorar os sites acessados pelo histórico do navegador. É melhor fazer isso sempre na frente da criança, deixando claro que essa é uma iniciativa em prol da segurança.
- Instalar programas que controlam o acesso a determinados sites, se julgar necessário.
- Dizer ao filhos que, caso ele seja vítima de uma agressão on-line, ele deverá relatar o fato à família e denunciá-lo no site.
- Esclarecer que a Internet não é um território sem lei e que o jovem pode ser responsabilizado judicialmente caso poste comentários ou e-mails agressivos.

Revista Veja, 2010

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Cyberbullying: a violência virtual

Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender.


Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões.

Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas "imperfeições" - e não perdoam nada.

Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como pesquisadores, médicos e professores o encaram vem mudando.

Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como uma forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como "intimidar" ou "amedrontar"). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica.

Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados decyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse     tipo. 

No espaço virtual, os xingamentos e as provocações estão permanentemente atormentando as vítimas. Antes, o constrangimento ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola. Agora é o tempo todo.  Os jovens utilizam cada vez mais ferramentas de internet e de troca de mensagens via celular e muitas vezes se expõem mais do que devem. 

A tecnologia permite que, em alguns casos, seja muito difícil identificar o(s) agressor(es), o que aumenta a sensação de impotência. 

Raissa*, 13 anos, conta que colegas de classe criaram uma comunidade no Orkut (rede social criada para compartilhar gostos e experiências com outras pessoas) em que comparam fotos suas com as de mulheres feias. Tudo por causa de seu corte de cabelo. "Eu me senti horrorosa e rezei para que meu cabelo crescesse depressa." 

Esse exemplo mostra como a tecnologia permite que a agressão se repita indefinidamente (veja as ilustrações ao longo da reportagem).


A mensagem maldosa pode ser encaminhada por e-mail para várias pessoas ao mesmo tempo e uma foto publicada na internet acaba sendo vista por dezenas ou centenas de pessoas, algumas das quais nem conhecem a vítima. "O grupo de agressores passa a ter muito mais poder com essa ampliação do público", destaca Aramis Lopes, especialista em bullying ecyberbullying e presidente do Departamento Científico de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Ele chama a atenção para o fato de que há sempre três personagens fundamentais nesse tipo de violência: o agressor, a vítima e a plateia. Além disso, de acordo com Cléo Fante, especialista em violência escolar, muitos efeitos são semelhantes para quem ataca e é atacado: déficit de atenção, falta de concentração e desmotivação para os estudos. 

Esse tormento permanente que a internet provoca faz com que a criança ou o adolescente humilhados não se sintam mais seguros em lugar algum, em momento algum.

Na comparação com o bullying tradicional, bastava sair da escola e estar com os amigos de verdade para se sentir seguro. Agora, com sua intimidade invadida, todos podem ver os xingamentos e não existe fim de semana ou férias. "O espaço do medo é ilimitado", diz Maria Tereza Maldonado, psicoterapeuta e autora de A Face Oculta, que discute as implicações desse tipo de violência.

Pesquisa feita este ano pela organização não governamental Plan com 5 mil estudantes brasileiros de 10 a 14 anos aponta que 17% já foram vítimas de cyberbullying no mínimo uma vez. Desses, 13% foram insultados pelo celular e os 87% restantes por textos e imagens enviados por e-mail ou via sites de relacionamento.

Revista: Escola
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